16 maio, 2010

Eu não sei...


Eu não sei se gosto de ti. Não sei se apenas tenho saudades tuas ou se existe algo mais forte, algo que justifique o aperto que por vezes sinto, quando penso em ti. Confesso, embora não seja surpresa, que faz já algum tempo que o tento descobrir. Dou voltas à minha cabeça, páro e reflicto exaustivamente, mas nunca chego a um consenso. Pairo, num olhar distante, e vêm-me à memória recordações passadas. Sinto-me bem ao relembrar as conversas que já surgiram entre nós. Conversas tão boas e puras, plenas de partilhas diárias e duma confiança acrescida, tão natural entre nós.


Confio em ti. Sempre confiei. Qualquer que seja o tema a discutir, sei que contigo posso fazê-lo, recorrendo a um misto de argumentos variados, sem restrições, sem receios. Talvez essa seja a qualidade que mais aprecio em ti. O facto de saber que tens ideias, que tens pontos de vista que gostas de expor e confrontar. Não é fácil encontrar alguém com um carisma tão idêntico aos meus ideais, aos meus propósitos. Talvez sejas a peça que sempre procurei para me sentir completa. Uma peça a proteger impreterivelmente, tais são as qualidades que transportas.

Sabes tudo de mim. Talvez mais do que alguém com quem convivo diariamente. No entanto, magoa-me saber que não estás a meu lado. A distância que nos envolve e que sempre nos privou de momentos mais intensos, com os quais tanto sonho, quebra minuciosamente o meu coração, que cada vez mais vai sufocando. Quem me dera poder abraçar-te todos os dias. Sorrir enquanto te olhava nos olhos e sentir, perante esse mesmo olhar, que me compreendias de forma plena. Não é que eu não tenha certezas, mas sinto a falta de pequenos gestos, gestos que, embora mínimos, nos reconfortam grandiosamente quando provêm de pessoas especiais. Como foram duas pessoas tão indiferentes e banais formar uma relação tão essencial, tão consistente?

Não existem respostas concretas acerca daquilo que significas para mim. No entanto, consola-me saber que tens importância, muita até. Tanta, que por um lado sinto algum receio perante desejos futuros, provenientes da minha parte. Já insistimos em algo que não revelou resultados, uma fase de tentativas onde não conseguimos evitar um desfecho negativo. Porém, comparada a todos os sorrisos que em mim despertaste, nenhum desses momentos me faz desistir de ti. Aliás, perante tudo o que já me deste não é fácil arranjar argumentos que me façam voltar costas aquilo que o teu nome associa e me faz recordar. Provocas-me, enalteces-me, e faz-me tão bem ser invandida por tamanhas sensações! Resta-me compreender se quero avançar novamente, se valerá a pena voltar a mergulhar na busca de uma relação saudável e duradoura. Será que hoje em dia é tarde demais? Será que não merecemos uma segunda oportunidade? Agora que crescemos intelectualmente, agora que a vida nos ofereceu alterações e novas prespectivas, será que não devemos apostar numa nova tentativa? Faz tanto tempo que ninguém me marcava desta forma, uma forma única, tão própria de ti. Como te adoro...

13 maio, 2010

Novas fases...


Quantas vezes ouvimos que a vida dá muitas voltas? Quantas vezes experimentamos rodagens de 180º provenientes do ambiente que nos rodeia? Não é novidade, não é segredo, é apenas uma situação com a qual, por vezes, nos deparamos. Não devemos temer as mudanças, elas fazem parte do percurso da nossa vida. Devemos encará-las como um convite sugestivo a uma nova aprendizagem, a uma nova etapa da qual, certamente, iremos retirar algo de bom. Nada acontece por acaso, tudo tem um propósito, uma razão de ser, mesmo que desconhecida. Então porquê recusar as oportunidades com que nos cruzamos?

É certo que alterar uma rotina ou um hábito se pode revelar, à primeira vista, como algo assustador e difícil de alcançar. No entanto, julgo que essas impressões são meramente iniciais... Basta ter força de vontade e acreditar que se batalha por algo melhor, que a conquista irá ser recompensadora. Facilmente nos enchemos de positivismo e a anterior visão é substituída por outra, com mais brio e cor.

Vejamos de um modo mais profundo a nossa relação com o exterior: se analisarmos o percurso que já caminhámos, com um olhar atento e observador, verificamos que já ultrapassámos fases diferentes, com diferentes pensamentos e opiniões. Partilhámos o nosso dia-a-dia com diferentes pessoas, cada qual com a sua prespectiva e personalidade. Já frequentámos diferentes locais, já tivemos vários desejos, que evoluiram, dando lugar a outros... Já tivemos momentos de tristeza, que mais tarde se revelaram plenos de euforia. Já chorámos e sorrimos, já exprimentámos diferentes sensações, diferentes formas de ver o mundo. Daí chegar a uma conclusão: é mais do que certo e inevitável que todo o conjunto de factores que nos completam e dão sentido ao nosso ego acaba por se alterar.

Na verdade, tudo o que as nossas vivências englobam sofre uma complexa transformação. É graças a essa transformação que adquirimos experiência e que aprendemos novos conceitos. Mais tarde, vamos utilizar e aplicar esses conceitos nas nossas acções, sempre numa imperceptível busca de saber mais. O homem tem uma sede infidável de conhecimento e de auto-aperfeiçoamento. Uma sede forte e inegável, que ninguém consegue evitar.

Se queremos ser melhores, temos que ultrapassar obstáculos, pois as conquistas exigem esforço, empenho e dedicação. Que ninguém desista dos seus ideais por alguma situação menos encorajadora. Que ninguém vire costas à felicidade por alguém que, na sua mais cruel inveja, aparente ser-nos superior. Que ninguém perca a vontade de orgulhar a sua razão de viver. Algo que devia ser imposto fulcralmente. Mais do que uma obrigatoriedade a não quebrar, uma exigência fundamental para o bem-estar de cada um de nós.

Apelo à coragem e à força interior que cada um de nós tem, e que muitas vezes não encontra graças ao pessimismo. Todos somos capazes de superar contra-tempos. Aliás, já o fizemos várias vezes, visto que somos postos à prova constantemente. E embora em algumas situações não seja tão fácil como em outras, há que manter sempre a dignidade e cumprir cada etapa com mérito. Persistência é a palavra-chave do sucesso. Pelo menos é o que se ouve dizer... E desta vez concordo com o que se diz!

Vamos acreditar. Vamos encarar as fases menos boas como o início duma fase cheia de prosperidade. Acima de tudo, ter atitude e ter presente a ideia de que nenhum dia é igual ao anterior. Se batalharmos em pro das nossas ambições, de forma insaciável, um dia tomaremos o sabor da vitória. Então, para quê perder tempo?! De nada nos vale um olhar triste, e já devíamos saber que mundo não pára devido às lágrimas que os nossos olhos derramam. A solução é susbtituí-las por uma aura cheia de positivismo e largar o passado, abrindo horizontes perante o futuro e seguir em frente. Só tu o podes fazer... Está nas tuas mãos, nas mãos de cada um de nós. Força!